QUENTE e LETRISTA

'Ela acreditava em anjos e, porque acreditava, eles existiam...'

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O que todo mundo gosta

O que todo mundo é





Eu não como carne.


Eu não gosto de chimarrão.


Eu não gosto de café.


Eu não sou fã de Crepúsculo.


Eu nunca li Harry Potter.


Eu não acho a Marta Medeiros um máximo.


Eu não assisto a novela das nove.


Eu não sou fã de Ramones.


Eu não gosto do Natal.


Eu não gosto de Pânico na TV.


Eu não acredito no amor.


Mas eu te juro que sou uma pessoa normal.






Com todas essas minhas “restrições” não é difícil encontrar alguém me dizendo: “O queeeeeeeeeeeeeee? Mas do que tu gostas, então?”. Quando não me acham uma doente. E é um saco.


Chequei a sair de um curso de língua estrangeira por causa disso. Não desisti do Español, mas desisti de pessoas tão mesquinhas.






Eu tive uma pessoa na minha vida que me ensino que não importava o quão estranho nós fôssemos, o importante é que fôssemos exatamente como gostaríamos de ser. E que só assim nos sentiríamos bem. Ele disse pra eu não me importar, pra eu continuar arquitetando idéias malucas, que com os meus passos eu chegaria onde eu quisesse. E que só chegaria se eu fosse “eu mesma”. Muitas coisas mudaram desde que ele me disse isso, mas até hoje quando eu o vejo, ainda percebo, mesmo sem realmente ter certeza, de que ele continua a não se importar com o que pensam dele. E faz tudo o que o satisfaz, do jeito que ele imagina ser o melhor.






Por causa disso acabei criando uma daquelas minhas teorias infalíveis: somos as nossas excepcionalidades.






A gente distingue uma pessoa de outra porque são pessoas diferentes. Podem até não ser diferentes em tudo, e que bom se em algumas coisas concordam. Mas poxa vida, que saco se todo mundo gosta da mesma coisa. Prefiro pessoas diferentes. Pessoas que preferem coisas diferentes as que eu prefiro. Se eu consigo entender porque algumas pessoas gostam de café, de churrasco, de Pânico da TV, seria tão difícil entender que eu não gosto. E é simples assim, eu só não gosto. Não sou um ET. Não vim de outro planeta. Não vivi numa caverna. Eu simplesmente não gosto daquilo que todo mundo gosta. As minhas excepcionalidades me fazem ser a MÁRCIA WINGERT. E o resto, meu amigo, É O QUE TODO MUNDO É.


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