QUENTE e LETRISTA

'Ela acreditava em anjos e, porque acreditava, eles existiam...'

domingo, 20 de dezembro de 2009

Um pouco mais sobre o TEMPO.


[Me desculpa qualquer palavra errada, qualquer falta de acentuação ou coisas do tipo. Eu estou a exatamente 24 hr acordada e acabei de voltar da festa de formatura da Pintinho. Sim, eu ainda estou um pouco bêbada. Por aqui mesmo já agradeço a disponibilidade do Tio Rogério e da Tia Margareth que patrocinaram muito cerveja prá gurizada. A Cíntia também amou bastante. heheheh]


Demora-se muito tempo. Muito tempo mesmo. Demora-se muito tempo para se conseguir entender certos fatos da vida. E que tristeza a nossa de não conseguir entendê-los tão nitidamente no momento em que acontecem.

Eu demorei um ano para conseguir entender todas as voltas que a vida me deu. Escolha da faculdade, do cursinho, da nova cidade, antigas amizades desfeitas. E hoje, às 07:33 da manhã de dezembro me sinto uma pessoa mais aliviada, mais feliz, mais acreditada em um futuro bom.

Por esse breve momento não me senti sem razão. Bem pelo contrário, vi que os erros agora se mostram como acertos, e que vida cobra muito para que se possa perceber isso no momento em que se toma as decisões.

Demorei muito tempo para entender que o que é meu de fato, sempre será meu. Independente de qualquer situação. O sentimento não muda. Eis uma coisa fantástica da vida ( puxa vida, eu odeio escrever COISA, mas não me vem nada melhor na mente)- podemos nos afastar das pessoas, mas com um simples reencontro tudo volta ao passado. Me senti assim hoje de noite quando reencontrei antigas amigas como a Raquel, que hoje mora em Pelotas, mas ao me ver saiu correndo dando os seus típicos pulinhos saltitantes ao me ver. Puxa, como eu fiquei feliz. Fiquei feliz por vê-la, e por perceber que ela também ficou feliz ao me ver. Isso renova a minha alma, a minha filosofia.

Sentimento igual ao encontrar a Josiane, que é minha mãe, e não há ninguém que possa dizer o contrário. Passamos tanto tempo longe, mas quando eu a vi, tive de engolir o choro, apertar a boca para não cair aos prantos e dizer: NOSSA QUE SAUDADE. Não saudade do passado, nem das coisas que já vivemos, isso é passado. Não volta mais. Mas sim saudade da companhia dela, daquele sorriso, daquelas palavras bem colocadas em suas orações. Acho que a Josiane é minha mãe e não sabe. Eu sou a segunda filha jornalista dela!


cara, eu juro que tá tudo girando hahahaha bah me perdi no que eu ia dizer..


Vou tentar concluir. Depois desse tempo todo que eu "sobrevivi" aos meus próprios castigos por talvez ter feito escolhas erradas e por ter tomado caminhos bem diferentes do que eu imaginava, eu me orgulho de tudo. Me orgulho porque hoje, de uma certa forma, eu alcancei a LIBERDADE que eu tanto preciso. Só agora eu pude entender que não pertenço a ninguém e a nenhum lugar. E que a única coisa que realmente me importa é a FELICIDADE. Estar feliz é o que importa. O resto é bobagem, piegas. Mas não se assuste se você não concorda comigo agora. Mas amanhã você pode acreditar. E acreditar também que se deve correr os riscos. Sem eles que sem graça a vida seria. Precisamos correr o risco de fracassar para realmente obtermos êxito.


Agora que o sol bate fortemente nas minhas costas já estou com vontade de dormir.

Eu precisava muito vir aqui e dizer que eu estou muito feliz e realizada. A "duras penas" enxerguei um mundo sob um novo ponto de vista, e não me vi em um caminho ruim, ou perdido. Apenas um caminho mais difícil, que exigirá de mim mais aprofundamento. Mas isso sempre foi assim. O fácil, o simples, o descomplicado nunca me atrairam. "OBVIAMENTE, TUDO QUE NÃO PRESTAS ME ATRAI". Acho que é isso que a Lispector disse, e nossa, como serve para mim. Nada que é certinho de mais chama a minha atenção. Eu gosto de coisas erradas, porque de uma certa forma, eu sempre as faço tornarem-se certas.


Estou com muita fome agora. Vou dormir.

Desculpa se vocês não me entenderam. Eu sou apenas uma bêbada escrevendo. Give a time ;)




sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Há Tempo


Há tempo

Há tempo suficiente para conquistar todas pessoas que serão essenciais em sua vida antes de ser tornar sozinho ?



Há tempo de ler todos os livros, todos os romances, de todos os autores antes de se tornar desinteressante?



Há tempo de rir de todas as simplicidades da vida antes de se tornar mesquinho?



Há tempo para assistir todos os filmes?



Há tempo para cursar todas as faculdades?



Há tempo de aprender várias idiomas antes que você desvalorize a sua própria língua-mãe?



Há tempo para se viver todas as paixões?



Há tempo para nos entendermos?



Há tempo para entender que amor é um sentimento fictício?



Há tempo para fazer sexo com todas as pessoas que você deseja?



Há tempo para nãose perder no caminho?



Há tempo para a volta?



Há tempo para se viver?



Hein?








[FOI DADA A LARGADA - IT'S NOW OR NEVER]

domingo, 1 de novembro de 2009

VESTIBULANDA ATUCANADA MOSTRA A BUNDA EM AVENIDA!


Prá não pensarem que eu sou uma menina muito mal-humorada (com um humor negro como diria o Fefo) eu vou mostrar que ainda não perdi a capacidade de rir de mim. Que é fundamental.

Todas as sextas-feiras eu faço grupo de matemática na Sede da Carlos Gomes do Universitário, aqui bem pertinho do meu apartamento. Era um dia quente, muito quente. Quente prá caralho. E como toda menininha enfeitadinha, eu fui de vestido para a aula. Estava tudo bem. Até com a matemática estava tudo bem. Milagrosamente eu não sai da aula querendo me matar por odiar com todas as forças matemática. Será que filho de peixinho, peixinho é?


Enfim, às quatro horas da tarde saí da aula com as minhas amigas para pegarmos o famoso Carlos Gomes na parada da frente. Quando fui atravessar a rua reparei que alguns carros e motos buzinavam insistentemente, não dei muita bola, afinal é uma rua muito movimentada. Ao chegar à parada eu encontrei a Bruna e falei: Amiga, naquela parede que tá a propaganda do show que eu te falei! Ela me olhou com uma cara de quem tá vendo um zumbi e me disse: MÁRCIA, A TUA BUNDA TÁ DE FORA!


Por alguns segundos eu não sabia se ria, chorava, saia correndo ou me atirava no chão e fingia ter alguma doença mental grave! Para piorar a situação eu percebo que todos os meus colegas já estavam na parada, obviamente observando a minha bunda. E se ainda pode ser pior, a Paola e a Ge gritam, apontam para a minha cara e dizem: HAHAHAHA, TAVA COM A BUNDA DE FORA. Detalhe: elas já estavam dentro do ônibus. Lotado.

Agora deixa eu explicar o que aconteceu: alguma coisa na minha bolsa se enganchou no vestido. Quando eu apoiei a minha bolsa nos ombros, obviamente a barra do vestido levantou, ficando a minha bundinha toda de fora!


Mas, sempre devemos observar os acontecimentos com uma perspectiva positiva! Afinal a minha calcinha azul de vaquinha foi colírio para os olhos dos motoristas! Quando eles poderiam imaginar que um sinal fechado lhes causaria tanta felicidade? Quanto aos meus colegas, ah... ano que vem eu vo tá na UFRGS e não os verei novamente. Eu espero!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Um destino forte e implacável



Sem inspiração nenhuma para escrever venho aqui apenas para reclamar. Reclamar do maldito dia de minha vida que eu descobri (ou talvez tenha entendido) que eu estava destinada a transmitir as notícias do e para o mundo, a contar as pessoas os acontecimentos que as cercam, e incontestavelmente a escrever. Reclamar do maldito dia que eu descobri que jornalistas saem da merda da faculdade de comunicação sem saber porra nenhuma sobre História, Geografia e Letras. Reclamar do maldito dia que eu me descobri também uma estudante de Direito. Reclamar do maldito dia que eu me vi viciada em Literatura, e do dia que me descobri uma leitora fanática de Clarice Lispector, Erico Veríssimo e Caio Fernando Abreu. Reclamar de ter me apaixonado pelo fantástico mundo do cinema e por ter descoberto que ficar em casa assistindo um filme é mil vezes melhor que sair para noite. Reclamar por não mais conseguir dormir. Reclamar por ter que acordar todos os dias às seis e meia da manhã. Reclamar por só ter vontade de comer chocolates e saber que os meus desmaios não são unicamente por causa da hipoglicemia. Mas não me vejam mal. Eu tenho tanto a reclamar porque tenho medo. Sinto-me aflita ao saber que tudo pode dar errado – eu sei, eu sei, eu tento manter o pensamento positivo- vou quebrar demais a minha cara se todos os meus planos derem errado. BUT, de forma alguma desistir.
Acredito que só adquirimos aquilo que merecemos. A vida é assim. Ninguém consegue algo realmente bom sem nenhum esforço. Nada que vem facilmente é valioso. Nem amizades, nem amores, nem vitórias. Por isso, ficarei em Porto nesse feriadão. Estudando. Não que eu não queira ir para casa ver os meus amigos, o Barth e o Hipólito. Mas eu preciso muito ficar.

Foto do Che Guevara em homenagem ao Davi que é um comunistinha, e as suas incríveis frases : Hay que endurecerce pero sin, perder la ternura jamás!

Boa Noite. Tomara que hoje eu consiga dormir. :)

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Abbey Road


Queria falar de mim, mas é chato ficar reclamando sobre as coisas que me acontecem se elas são fúteis e porcamente essenciais para a minha vida. Não tenho texto para hoje. Alias, não tenho escrito nada, nem meras redações. Só consigo ler, ler, ler e mais ler. Não quero falar sobre nada. Só quero ouvir. Tu tens por acaso alguma boa estória para me contar? Só não me peça para te contar alguma coisa minha. Hoje eu estou farta delas e das minhas teorias.


40 anos de Abbey Road hoje. O início do fim. Já imaginou se os Beatles nunca tivessem existido? Pára! Nem imagina.

A minha lembrança mais remota da clássica capa do álbum dos Beatles vem de quando eu era pequena. Mexendo nas coisas velhas de minha mãe encontrei aquela foto e imediatamente pensei:" Por que alguém tira uma foto atravessando a rua?"

Anos depois me transformei numa viciadinha em Beatles que tem a famosa foto pendurada na parede do quarto.


Não quero mais escrever. Vou voltar a ler o meu livro.

Boa Noite.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O que Newton não sabia.


Sobre o post passado: 1) Meus sinceros agradecimentos aos sinceros comentários que recebi aqui.


2) Todos erram - ingorem a primeira crase do texto, na hora eu me empolguei.


3) O apartamento 201 não é bagunçado. Não mais que o meu! Desculpa não te citar como morador do apê, Pê! Mas foi necessário citar apenas a presença do Ferrão naquele dia.








-------------------------------------


Eu estou chateadíssima - perdi o que eu havia escrito. Fato que não raramente acontece comigo, já que eu escrevo tudo em qualquer lugar e deixo largado por ai. A causa da perda é óbvia, a bagunça do meu quarto. Piça. Na sexta que vem eu arrumo,e talvez, com muita sorte, eu o encontre. Para hoje temos um "texto de madrugada", já que não há ansiolítico que me faça dormir.

-------------------------------------



Sei que não sou a primeira a refletir sobre esse assunto. Essas leis já são manjadas e qualquer leigo as entende. Não obstante, Newton não sabia que estaria formulando uma lei que ultrapassa os poderes da Física. Ele desvendou um mecanismo de relações que passa despercebidamente diante de nossos olhos: " Só existirá força em um corpo se, e somente se, for aplicada por um outro corpo". Eis o segredo - precisamos dos outros. Newton estava se referindo a objetos, coisas, qualquer coisa. Mas e sobre nós, seres humanos tão frágeis a sofrer da existência? Nós não precisamos igualmente de alguém que nos dê força? Conseguiríamos adquiri-la sozinhos?

---

Me sinto confiante ao dizer que tenho dentro de mim uma força que eu desconheço. Não sei qual é o seu limite, ou até quando ela irá suportar as artimanhas da minha vida. Mas sei perfeitamente quais são os outros corpos que me aplicam força, e o que eu os devolvo. Enfim, viva a ação e a reação, forças que jamais se anulam.
[Estou de aniversário dia vinte e nove. E quero presentes. Aqui vão algumas dicas: (livros) Zero Hora: 45 reportagens que fizeram História, O Homem que matou Getúlio Vargas do Jô Soares, Getúlio do Juremir Machado, e Memória de Minhas Putas Tristes do Gabriel Garcia Márquez.]

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Eu tinha outra coisa em mente para escrever, mas as palavras fugiram da minha mente por causa da imensa vontade que estou de contar à todos sobre os meus amigos. Não estou me referindo aqueles simples conhecidos que por algum motivo não se tornaram essenciais para a minha felicidade. Eu me refiro aqueles que ao ler essa declaração sentirão um apertinho no peito e o coração acelerado. Eis a maior prova de uma amizade - o reconhecimento.
Passei por tantas dificuldades esse ano que se não fosse a alegria que os meus amigos me transmitem eu não teria conseguido me reerguer. Foi da demonstração de carinho e das palavras deles que eu consegui força para continuar em frente sem olhar para trás. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra de dignidade, o que eles foram e me fizeram.
Há poucos dias, no apartamente bagunçado do Ferrão, enquanto ele preparava o famoso Narguilé, cheguei a uma inevitável conclusão: as amizades tendem a mudar, da mesma forma como tudo tende a sair do seu estado inicial. Elas simplesmente se modificam - alterando decididamente o rumo da vida. É nessa parte que eu causo inveja. Por maior modificação que a minha vida tenha sofrido, as minhas amizades de mantiveram intactas. Houve aquele que se perderam no caminho. Houve os que nunca deveriam ter entrado. E ainda há os que estão para chegar e me trazer mais orgulho. Mas hoje eu preciso falar dos que nunca me abandonaram e são sempre motivo do meu riso. Eu preciso contar para todo mundo saber que quando eu estava com 40º de febre por causa da Rinofaringite crônica e sozinha em casa foi a Juliana, o Felipe e o Ricardo que imediatamente se mudaram para a minha casa para me cuidar. Eu quero que todos saibam que quando eu desmaiei na porta da minha própria casa depois de uma noite tragicamente engraçada, quem me estendeu a mão e me juntou do chão foi a Marília. Quero que todos saibam que o Rafa é o meu super-heroi e espero do fundo do meu coração que ele me perdoe por estragar o seu relógio novo! Eu tenho que contar que quando eu fiz a mudança para apartamento novo foi o Pelado que me ofereceu ajuda, o que fez eu me sentir uma pessoa muito especial. Eu preciso me desculpar em nome da Paola e dizer que o Ferrão não é apenas o taxista, mas também o negociante, o organizador, o inventor, o chefe da nossa gangue! E que talvez nós não fossemos tão unidos sem ele. Preciso repetir que a Paola tem a minha total confiança e que viver sem ela seria um pesadelo, e contar para que todos saibam que um dia eu fiquei tão triste que não consegui levantar da cama, me faltou forças para parar de chorar, e que depois de muito tempo foi a Paola a única pessoa que eu consegui conversar. Eu preciso contar que o Bernardo é o Dono da Razão. Porque em 99.9% das vezes que ele me disse que algo aconteceria na minha vida, de fato aconteceu. E que ele tem os conselhos mais admiráveis nos momentos mais certeiros: " O meu, não vai liberar essa piriquita!". Nunca mais vou me esquecer!
Agora eu devo me desculpar. Me desculpar pela ausência, por nem sempre estar mais tão presente na vida de vocês. Me desculpem por eu não ter ido à fazenda com vocês - eu tenho certeza que seria inesquecível passa esse tempo com vocês. Só que o tempo para mim está andando mais depressa, agora eu tenho uma meta a cumprir. E vocês sabem, meus amigos, que quando todo esse transtorno passa, independente do tempo que levar, e eu puder finalmente gritar: "CHUPA, EU PASSEI!" - é por vocês que eu vou chorar, e com vocês que eu vou comemorar. Nessa batalha, eu sei que estou com vocês até o fim. Me desculpem a dintância. Sinceramente.
[Não citei todas as pessoas que o meu coração quer que eu diga, mas fica a mensagem aqui. Sinto muita saudade.]

domingo, 9 de agosto de 2009

Tchutchuruba


Nessas horas frias eu me revelo jornalista. Eu sou jornalista quando estou sozinha. Vou escrevendo ignorando as boas regras da gramática e trocando os pontos de lugar. Escrevendo apenas o que vem na mente, apenas o que me conforta. Faz parte da minha terapia.

No outro dia quente, me envergonho do que escrevo e jogo tudo fora. Eu escrevo só para me satisfazer, mas sou perfeccionista demais para me contentar só com isso.


Prometo não jogar mais nada fora. Postarei aqui.