QUENTE e LETRISTA

'Ela acreditava em anjos e, porque acreditava, eles existiam...'

sexta-feira, 9 de abril de 2010

About the Others

Sempre gostei de conhecer outras pessoas que não fossem só aquelas do meu círculo de amizades. Evito andar apenas com um único “grupinho” de amigos. Acredito que se deva conhecer muitas pessoas, saber suas histórias, suas mágoas, paixões...
E também porque na vida a gente precisa de fortes vínculos afetivos – afinal, não sabemos o quão dura ela poderá ser. Precisamos de alguém para se ter ao lado, seja para dizer coisas boas ou coisas ruins, mas que pelo menos que digam a verdade, ou apenas para ESTAR do seu lado.

Com essa história de faculdade conheci muita gente. Não gostei de muitos. Me encantei por vários. Mas apesar de ter feito novas amizades que pretendo alimentar, é inegável a falta que os ANTIGOS amigos me fazem. Sinto falta daquelas caras que são tão bem conhecidas por mim, que se eu soubesse desenhar poderia fechar os olhos e fazer um retrato perfeito, com todos os mínimos detalhes. Eu só conheço alguém realmente bem quando fecho os olhos e vejo esse alguém nitidamente, como se estivesse na minha frente.



“Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.”

É apavorante olhar para o lado e não ver aquela cara já muito bem conhecida. Não enxergar a si quando olha para todas as pessoas, pois uma amizade, afinal, é reconhecimento. É estranho estar com pessoas que não sabem nada de você, nem entendem porque você é exatamente como é. Não conhecem nenhuma das suas manias, e tampouco você sabe alguma coisa sobre eles. Mas, mesmo assim, eles tão ali, do seu lado, ocupando um mesmo espaço físico que os “antigos” costumavam ocupar. Para quem sabe um dia, fazer parte dos escolhidos que são insubstituíveis. Inigualáveis. E para que eu possa fechar os meus olhos e enxergá-los, sentindo esse mesmo nozinho que dá na minha garganta antes de eu chorar.
Saudade é dor de verdade, camará.