QUENTE e LETRISTA

'Ela acreditava em anjos e, porque acreditava, eles existiam...'

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Enjoy your sadness

Quando leio o caderno A Donna do jornal Zero Hora, sempre passo por aquela parte do perfil em que algum artista (normalmente algum artista Global, porque só eles vendem jornal) responde a um questionário. O que me quebra a cara é que ainda não encontrei ninguém que respondesse a pergunta “O que você faz para afastar a tristeza?” com a resposta que eu daria. Eu diria que curto a tristeza. Ela vai embora só quando sabe sua hora de partir.


Não leve com você só o que foi bom. Leve também seus erros, suas mágoas, seus arrependimentos e, principalmente, as piores decepções. Afinal, aquilo que nos fez sofrer é o mesmo que faz o coração acelerar e fez a sua mente pensar desesperadamente uma solução para enfrentar o problema. Se você levar só o que foi bom, vai esquecer de como se faz para dar certo. Para ser o certo.



Bobagem midiática acreditar que devemos estar sempre rindo, sempre vendendo felicidade. Há também dias de tristeza. E não são dias ruins, são dias reflexivos. Sempre que eu estou triste eu curto a minha tristeza. A dor que sinto no coração me faz bem. Aquele aperto, sabe. Já disse Vinícius que até para fazer um samba é preciso um bocado de tristeza, senão não se faz um samba não.



Tentamos ser mais sábios que a tristeza, mas não somos. Os nossos sentimentos são reflexos das nossas ações, e tentar apagá-los simplesmente é como apagar uma parte da história. Obviamente, mais tarde, esse pedaço fará falta para se compreender todo o enredo.



Respiro fundo e procuro entendê-la e não a manipular. Ela nunca vem sem algo a me ensinar.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Imagina só,

Imagina quando tu descobrires que eu só falo assim



Que eu só leio jornal de trás pra frente



E que em tudo eu começo com a esquerda, ou então não há jeito



Que eu sou feita de letras e quando há números são pares – mas vem ao acaso, sem cálculos, imprecisos



E que é o medo que teme a mim



Não há veneno que eu não tenha provado


Que suspiro à toa nas mãos do tempo



Porque eu já sei, que tu sabes como ninguém, que quando eu falo até não peço, mas sempre chamo a atenção



Que maldito limão!



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Chega de mim. MAIO ACABOU. GRAZADEUS!