QUENTE e LETRISTA

'Ela acreditava em anjos e, porque acreditava, eles existiam...'

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O que Newton não sabia.


Sobre o post passado: 1) Meus sinceros agradecimentos aos sinceros comentários que recebi aqui.


2) Todos erram - ingorem a primeira crase do texto, na hora eu me empolguei.


3) O apartamento 201 não é bagunçado. Não mais que o meu! Desculpa não te citar como morador do apê, Pê! Mas foi necessário citar apenas a presença do Ferrão naquele dia.








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Eu estou chateadíssima - perdi o que eu havia escrito. Fato que não raramente acontece comigo, já que eu escrevo tudo em qualquer lugar e deixo largado por ai. A causa da perda é óbvia, a bagunça do meu quarto. Piça. Na sexta que vem eu arrumo,e talvez, com muita sorte, eu o encontre. Para hoje temos um "texto de madrugada", já que não há ansiolítico que me faça dormir.

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Sei que não sou a primeira a refletir sobre esse assunto. Essas leis já são manjadas e qualquer leigo as entende. Não obstante, Newton não sabia que estaria formulando uma lei que ultrapassa os poderes da Física. Ele desvendou um mecanismo de relações que passa despercebidamente diante de nossos olhos: " Só existirá força em um corpo se, e somente se, for aplicada por um outro corpo". Eis o segredo - precisamos dos outros. Newton estava se referindo a objetos, coisas, qualquer coisa. Mas e sobre nós, seres humanos tão frágeis a sofrer da existência? Nós não precisamos igualmente de alguém que nos dê força? Conseguiríamos adquiri-la sozinhos?

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Me sinto confiante ao dizer que tenho dentro de mim uma força que eu desconheço. Não sei qual é o seu limite, ou até quando ela irá suportar as artimanhas da minha vida. Mas sei perfeitamente quais são os outros corpos que me aplicam força, e o que eu os devolvo. Enfim, viva a ação e a reação, forças que jamais se anulam.
[Estou de aniversário dia vinte e nove. E quero presentes. Aqui vão algumas dicas: (livros) Zero Hora: 45 reportagens que fizeram História, O Homem que matou Getúlio Vargas do Jô Soares, Getúlio do Juremir Machado, e Memória de Minhas Putas Tristes do Gabriel Garcia Márquez.]

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Eu tinha outra coisa em mente para escrever, mas as palavras fugiram da minha mente por causa da imensa vontade que estou de contar à todos sobre os meus amigos. Não estou me referindo aqueles simples conhecidos que por algum motivo não se tornaram essenciais para a minha felicidade. Eu me refiro aqueles que ao ler essa declaração sentirão um apertinho no peito e o coração acelerado. Eis a maior prova de uma amizade - o reconhecimento.
Passei por tantas dificuldades esse ano que se não fosse a alegria que os meus amigos me transmitem eu não teria conseguido me reerguer. Foi da demonstração de carinho e das palavras deles que eu consegui força para continuar em frente sem olhar para trás. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra de dignidade, o que eles foram e me fizeram.
Há poucos dias, no apartamente bagunçado do Ferrão, enquanto ele preparava o famoso Narguilé, cheguei a uma inevitável conclusão: as amizades tendem a mudar, da mesma forma como tudo tende a sair do seu estado inicial. Elas simplesmente se modificam - alterando decididamente o rumo da vida. É nessa parte que eu causo inveja. Por maior modificação que a minha vida tenha sofrido, as minhas amizades de mantiveram intactas. Houve aquele que se perderam no caminho. Houve os que nunca deveriam ter entrado. E ainda há os que estão para chegar e me trazer mais orgulho. Mas hoje eu preciso falar dos que nunca me abandonaram e são sempre motivo do meu riso. Eu preciso contar para todo mundo saber que quando eu estava com 40º de febre por causa da Rinofaringite crônica e sozinha em casa foi a Juliana, o Felipe e o Ricardo que imediatamente se mudaram para a minha casa para me cuidar. Eu quero que todos saibam que quando eu desmaiei na porta da minha própria casa depois de uma noite tragicamente engraçada, quem me estendeu a mão e me juntou do chão foi a Marília. Quero que todos saibam que o Rafa é o meu super-heroi e espero do fundo do meu coração que ele me perdoe por estragar o seu relógio novo! Eu tenho que contar que quando eu fiz a mudança para apartamento novo foi o Pelado que me ofereceu ajuda, o que fez eu me sentir uma pessoa muito especial. Eu preciso me desculpar em nome da Paola e dizer que o Ferrão não é apenas o taxista, mas também o negociante, o organizador, o inventor, o chefe da nossa gangue! E que talvez nós não fossemos tão unidos sem ele. Preciso repetir que a Paola tem a minha total confiança e que viver sem ela seria um pesadelo, e contar para que todos saibam que um dia eu fiquei tão triste que não consegui levantar da cama, me faltou forças para parar de chorar, e que depois de muito tempo foi a Paola a única pessoa que eu consegui conversar. Eu preciso contar que o Bernardo é o Dono da Razão. Porque em 99.9% das vezes que ele me disse que algo aconteceria na minha vida, de fato aconteceu. E que ele tem os conselhos mais admiráveis nos momentos mais certeiros: " O meu, não vai liberar essa piriquita!". Nunca mais vou me esquecer!
Agora eu devo me desculpar. Me desculpar pela ausência, por nem sempre estar mais tão presente na vida de vocês. Me desculpem por eu não ter ido à fazenda com vocês - eu tenho certeza que seria inesquecível passa esse tempo com vocês. Só que o tempo para mim está andando mais depressa, agora eu tenho uma meta a cumprir. E vocês sabem, meus amigos, que quando todo esse transtorno passa, independente do tempo que levar, e eu puder finalmente gritar: "CHUPA, EU PASSEI!" - é por vocês que eu vou chorar, e com vocês que eu vou comemorar. Nessa batalha, eu sei que estou com vocês até o fim. Me desculpem a dintância. Sinceramente.
[Não citei todas as pessoas que o meu coração quer que eu diga, mas fica a mensagem aqui. Sinto muita saudade.]

domingo, 9 de agosto de 2009

Tchutchuruba


Nessas horas frias eu me revelo jornalista. Eu sou jornalista quando estou sozinha. Vou escrevendo ignorando as boas regras da gramática e trocando os pontos de lugar. Escrevendo apenas o que vem na mente, apenas o que me conforta. Faz parte da minha terapia.

No outro dia quente, me envergonho do que escrevo e jogo tudo fora. Eu escrevo só para me satisfazer, mas sou perfeccionista demais para me contentar só com isso.


Prometo não jogar mais nada fora. Postarei aqui.