QUENTE e LETRISTA

'Ela acreditava em anjos e, porque acreditava, eles existiam...'

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Sobre o respeito, a vida e a morte

A respeito das fotos publicadas do corpo carbonizado do diretor da Car House, Paulo de Tarso Teixeira.




O sadismo das pessoas alimenta a curiosidade daquilo que é cruel, doloroso, repugnante. Curiosidade é o que serve perfeitamente de argumento falido para a falta de discrição e respeito daqueles que gozam da tragédia dos outros para saciar o seu sadismo.



Muito além do que o Direito soube chamar de Direito da Pessoa Humana, há aquele SENSO que delimita até onde podemos invadir a vida de uma pessoa.

Tirar fotos de um corpo carbonizado e a exibir num JORNALECO não me parece (e com certeza não é) algo humano e que respeite esse limite. Isso é sadismo, é curiosidade alheia e é uma puta (com o perdão da palavra) falta de respeito ao morto e aos familiares desse. Digo e apelo por isso como um ser humano qualquer. Defendo que um jornal tenha o direito, e até mesmo certa obrigação de nos manter informados com notícias de altíssima qualidade. O que não EXIGE a exibição de cenas desrespeitosas e desumanas. Ao menos foi isso que entendi quando meu pai me dizia: te valoriza, minha filha, te preserva.

Nestas condições, nunca permitirei nenhum jornal publicar algo que atinja a dignidade de alguém que amo. Muito menos tirarem fotos de alguém nesta situação. Há quem discorde disso, como também há quem goste mesmo de se “APARECER”, de OSTENTAR aquilo que não é, ou aquilo que não tem.

São os novos ventos apagando o valor da vida. Oremos.

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