QUENTE e LETRISTA

'Ela acreditava em anjos e, porque acreditava, eles existiam...'

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Na cidade velha


Faz tempo que já fui embora daqui, mas sempre fica uma lembrança. Um quê de saudade que rasga a garganta. Uma dúvida de saber se o que vivi foi bom e se serviu para alguma coisa. Ou se simplesmente não fez diferença nem história alguma.



Quando eu percorro as ruas, que hoje já são mais velhas do que antes, ainda me vejo de mochila nas costas, caminhando, cheia de sonhos e expectativas, vomitando jovialidade.

E hoje quando voltei aqui, só quis pensar no futuro. Só o futuro me alimenta agora. Não quero mais olhar prá trás. Não que seja ruim, nada disso. Mas viver o presente e aspirar pelo futuro está sendo uma delícia, um gozo de felicidade.

Não quero dizer que o passado não vale para nada, que devemos esquecê-lo. Percorrer pelos velhos e irregulares paralelepípedos da rua e reconhecê-los é valioso, conforta. Só que não é tão gostoso quanto descobrir novos irregulares e também os regulares paralelepípedos de um caminho. Porque na verdade, pouco importa se são velhos ou novos, são o novo caminho. Bom ou ruim, melhor ou pior, tu vais descobrir. E sempre, eu digo sempre, damos a cara a mais um tapa. Não adianta dizermos: ah, não, por rua assim eu já caminhei antes e não volto mais. Vamos voltar a andar, por mais que pareça doloroso o caminho. Isso é a vida, companheiro!

Keep walking.

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